Para ela, quanto mais se aprofunda na pediatria, mais percebe que o papel do pediatra, ainda que fundamental, é sempre coadjuvante diante da criança — protagonista no consultório e em qualquer espaço de cuidado.
Acredita na autonomia desde a infância como propulsora do desenvolvimento, e aposta na escuta ativa e empática como base de sua prática. Cresceu ao lado de um irmão PCD e aprendeu, desde cedo, a enxergar pessoas em sua potência e singularidade — e não apenas por uma doença ou condição de saúde.
Formou-se em Medicina em Belo Horizonte e, ao final do curso, ouviu o coração que lhe dizia que só faria sentido ser médica cuidando de crianças. Fez residência em Pediatria, aprofundando-se nos processos de adoecimento, mas buscou ir além: em 2024, mudou-se para São Paulo para iniciar residência em Nutrologia Pediátrica na Unifesp, unindo seu amor pelo estudo da alimentação infantil, introdução alimentar respeitosa, dietas onívoras e vegetarianas e a potente interface entre alimentação, saúde e política.
Mais do que a vivência em ambiente hospitalar, prefere atendimentos em consultórios que parecem casa — espaços de acolhimento e vínculo. Fora da medicina, gosta de ouvir música de gosto duvidoso, comer comidinhas cearenses preparadas pelo companheiro, explorar cantinhos novos de São Paulo (e se perder nas linhas de metrô), escrever, viajar, fazer amizade com animais e ganhar abraços de mini humanos ao fim das consultas.